03 de Outubro - Âncora da alma

03/10/2011 07:41

“Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta; a qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu” (Hb 6.18-19).

Âncora é definida pelo dicionário da bíblia de Almeida como: “Pesada peça de ferro presa a uma grossa corrente e que é lançada ao fundo do mar a fim de manter parado o navio (At 27.29). Representa tudo o que sustenta e dá firmeza em tempos de sofrimento ou violência”.

A esperança em Cristo é como uma âncora para a alma, é fundamental para uma vida segura e equilibrada. A bíblia diz que antes de conhecermos a Cristo, nossa vida era sem esperança e sem Deus no mundo, estranhos a aliança da promessa feita a Abraão, sem Cristo, separados de Deus (Ef 2.12).

Cada alma existente é comparada a um navio, e cada navio por sua vez possui suas âncoras, as pessoas buscam se firmarem em vários tipos de âncoras para aliviarem suas almas das circunstâncias adversas que surgem em suas vidas.

E podemos identificar vários tipos de âncoras da alma, tais como: a incredulidade, a cobiça, as drogas, a luxúria, a religiosidade e confiança em falos deuses, o amor ao dinheiro, poder e status, etc. (1ª Sm 12.21, 1ª João 2.15-17, 1ª Tm 6.17).

Nenhuma dessas âncoras poderão oferecer real segurança a alma, elas apenas produzem falsa sensação de estabilidade e paz.

Dante Alighieri, em A Divina Comédia, escreveu que à porta do Inferno estava escrito: “Perdei, ó vós que entrais, toda a Esperança”. Para o maior poeta italiano, o desespero é a essência do inferno. A ausência de perspectiva deixa a alma encurralada num labirinto infernal. (fonte: extraído da internet).

Victor Frankl, que sofreu na pele os horrores do campo de concentração, descobriu ali algo que depois se tornou muito importante em seu trabalho profissional, na condição de psiquiatra: que os judeus que nutriam alguma esperança de liberdade sobreviviam. Quem não tinha esperança não agüentava o sofrimento. (fonte: extraído da internet).

As citações acima nos revelam a real condição de uma alma sem Cristo, não possuem a verdadeira esperança. Pessoas que depositam sua esperança em âncoras falíveis e corruptíveis estão fadadas ao naufrágio físico e espiritual tanto quanto os que não tem nenhuma esperança. Warren W. Wiersbe em seu comentário bíblico exaustivo cita que a âncora era um símbolo bastante usado na igreja primitiva. Foram encontradas pelo menos 66 figuras de âncoras nas catacumbas.

O filósofo grego Estóico Epíteto escreveu: “Não se deve prender o navio a uma só âncora nem a vida a uma só esperança”. Mas os cristãos têm somente uma âncora, Jesus Cristo, nossa esperança. (Cl 1.5,1ª Tm 1.1).

Em Hebreus 6.13-15 está escrito que Deus fez sua promessa a Abraão e jurou por si mesmo que as cumpriria. A confiança do patriarca nas promessas de Deus o capacitou a suportar pacientemente todas as dificuldades até alcança-las. No verso 16 podemos entender que o homem poderia ter uma esperança maior quando havia um juramento por alguém superior, capaz de fazer cumprir as promessas feitas uns aos outros. O povo hebreu tinha esse hábito de juramento, e tomavam Deus por testemunha nos seus acordos e promessas mútuas (Jz 11.10). No verso 17 observamos que Deus se interpôs com juramento, Ele queria assegurar aos herdeiros da promessa feita a Abraão que com toda certeza as cumpriria, o seu objetivo é mostrar aos seus servos que Ele estava oferecendo a segurança eterna da salvação. No verso 18 Deus evidencia o seu atributo natural de imutabilidade, ou seja, Ele jamais muda, Ele cumpre e vela por suas promessas. Devemos firmar nossa esperança em um Deus verdadeiro, o Todo Poderoso, praticamente Deus esta dizendo: aceitem a minha proposta de segurança absoluta e infalível, lancem suas âncoras em meu filho unigênito! No verso 19-20, vemos que em Cristo, nossas âncoras podem ter acesso até o Santo dos Santos interior do véu, onde Jesus, o nosso precursor, ou bandeirante do caminho aos céus, já está entronizado a destra de Deus, e Ele é o nosso mediador eterno, que compadece de nossas fraquezas pelo qual alcançamos graça e misericórdia, a fim de sermos ajudamos em tempo oportuno. (Hb 4.14-16).

Nós temos a segurança eterna, a rocha da salvação, Jesus Cristo o filho de Deus, a qual é a nossa esperança e âncora de nossas almas, por isso não tenhamos medo das tempestades da vida, pois sabemos em quem temos crido, o qual é poderoso para nos guardar de todo o mal.

 

fonte: www.devocionais.com

 

 

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